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Pentecostes

Depois da Páscoa…

Celebramos em nossa cultura com alegria a Páscoa. Festejamos com as crianças a festa do renascimento e o mistério da transformação. Nós, na Escola Waldorf, cultivamos o calendário cristão como fonte de imagens primordiais que nos servem como caminho meditativo e nos apoiam no auto conhecimento. No ciclo anual encontramos três festas cristãs de extrema importância para a nossa vida espiritual, são as festas de Natal, de Páscoa e Pentecostes.


Vamos contextualizar um pouco o que seria a festa de Pentecostes.


Depois do domingo de Páscoa e da celebração do renascimento de Cristo, o calendário cristão, comemora a Ascensão. O novo testamento conta que o Cristo apareceu a muitos discípulos ao longo de 40 dias (Atos dos Apóstolos 1:3) e continuou o processo de instrução para o que seria os passos futuros da humanidade. Depois desses 40 dias, Cristo subiu ao Céu.


Passado 10 dias deste acontecimento é festejado o Pentecostes. Pentecostes é uma palavra grega que significa “quinquagésimo”, porque acontecia 50 dias depois da Páscoa (Levítico 23:15-16). Antes de Cristo, os judeus celebravam o início da colheita do ano (Números 28:26).


A festa do Pentecostes servia para agradecer a Deus pela comida que Ele providenciava. Acontecia no fim da primeira colheita do ano e os judeus se juntavam para oferecer uma porção da colheita a Deus. O Pentecostes era uma grande celebração, que todos os judeus deviam atender em Jerusalém.


O Pentecostes também se tornou uma celebração da Lei de Deus. Algumas semanas depois da primeira Páscoa, quando os israelitas saíram do Egito, eles chegaram ao monte Sinai, onde Deus deu a Moisés os Dez Mandamentos e a Torá. No tempo de Jesus muitos judeus moravam em outros países mas eles visitavam Jerusalém para celebrar o Pentecostes (Atos dos Apóstolos 2:5). Depois que o Cristo morreu e ressuscitou na Páscoa, seus discípulos ficaram em Jerusalém, no domingo de Pentecostes. Eles estavam tomados de profunda tristeza pois não sentia mais a presença luminosa do Cristo. Sentiam-se perdidos, solitários e não sabiam quais os rumos que o futuro os trazia. Em meio a essa dor de perda e solidão e após uma noite de mergulho neste ambiente os discípulos testemunharam uma transformação pela manhã, o Espírito Santo, desceu como um vento forte e línguas de fogo e os discípulos começaram a falar em outras línguas que não conheciam (Atos dos Apóstolos 2:1-4).


Para a Antroposofia, Ciência Espiritual que fundamenta a pedagogia Waldorf, Pentecostes é a festa da presença do Espírito Santo e do Amor Cósmico ao “eu humano” através da consciência individual.


O Cristo uniu-se definitivamente à humanidade, dentro de cada individualidade, permeando cada um com o fluxo de sabedoria que pairava nas esferas espirituais, tendo possibilidade germinal do desenvolvimento do nosso maior legado que é a construção da Liberdade. O Ser Crístico permeou totalmente a esfera terrena, trazendo o Céu à Terra e desde então Ele está unido à alma humana da Terra.

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